segunda-feira, 29 de novembro de 2010
29.11
Sou como as nuvens
- crio formas
de todos os tamanhos.
Às vezes pareço com isso
ou com aquilo...
nunca comigo mesmo.
(Raphael Negreiros)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
"TEMPESTADE"
Criei tempestades
todos os dias
ao longo do tempo.
Ao abrir a janela,
esperava o que
além do vento?!...
(Raphael Negreiros)
domingo, 21 de novembro de 2010
"..."
Sinto o silêncio
chegando devagar,
sussurrando vazio,
se escondendo em vasos
sanguíneos... impulsores
do nada.
Sinto o silêncio
no lado escuro
da vida intocável,
nos muros que exalam
desejos... impuros
e solidão.
Sinto o silêncio
nos quatro cantos
deste mundo
pequeno
transparente
à visão.
(Raphael Negreiros)
domingo, 14 de novembro de 2010
"ADEUS II"
Há dias peço desculpas
a mim mesmo,
preciso deixar o EU maior sair.
Vez ou outra ele parte
nós dois.
E não sei se sou meu
ou sou de mim.
(Raphael Negreiros)
a mim mesmo,
preciso deixar o EU maior sair.
Vez ou outra ele parte
nós dois.
E não sei se sou meu
ou sou de mim.
(Raphael Negreiros)
"ADEUS I"
Mais a frente do vazio,
estão minhas jornadas:
os abismos que segui.
Aqui dentro
algo pulsa
separado,
já meio cansado
pedindo pra sair.
(Raphael Negreiros)
"FANTASMAS"
Criei fantasmas
das lágrimas que derramei
pois antes que descobrisse o porquê
ou o que me fez parar
e mudar o rumo,
chorei...
(Raphael Negreiros)
sábado, 13 de novembro de 2010
"SILÊNCIO INQUIETO"
Procurei talvez um lugar perdido;
de todos os cantos, quem sabe, o medo.
E quando procurei em meu abismo,
achei outras pessoas em meus segredos
e todo sopro virou silêncio
e todo silêncio rasgou-se em grito.
(Raphael Negreiros)
"TEMPO"
Pensar
no futuro
é complicado.
Quanto mais se pensa...
o futuro
já é passado.
(Raphael Negreiros)
"CINZA"
Sou pouco,
mas não tão pouco
ou nunca nada.
Soluço o quase
e quase sempre
sou todo o tudo
às vezes casto.
(Raphael Negreiros)
"POEMA SIMPLES"
Quero um poema simples,
um rabisco de nada,
uma linha reta.
Eu quero as minhas palavras
em imagens geométricas.
(Raphael Negreiros)
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
"SER"
"ACORDAR"
Vejo uma neblina
em um amanhecer incestuoso
- onde o sol se envolve em nuvens
e nuvens se envolvem em sol...
Depois um arco-íris nasce e morre
no mesmo dia.
(Raphael Negreiros)
"POETA"
Para ser poeta
não é necessário
escrever versos,
basta apenas
que sua vida
seja um emaranhado
de estrofes inacabadas...
(Raphael Negreiros)
"ESCREVER..."
Pela manhã
construo verdades
uma a uma
e as copio o dia inteiro.
Mas antes de dormir
como num devaneio
d e s c o n s t r u o o mundo
e arremedo-o.
(Raphael Negreiros)
"AVERSOS"
Disfarço a face do inimigo;
leio crônicas em âncoras perdidas;
enfeito o feito maior que vivo:
abraços, palavras, amor sem vida.
E a cada grito agrido o silêncio
e a cada despedida morro comigo,
os versos e os aversos, tudo que vejo,
transformam-se aos poucos no nada que digo.
(Raphael Negreiros)
"COMPANHEIRA"
Faço da dor
uma escrava amiga,
guardiã da forma errada.
Se a vejo em mim
de forma escondida
transformo-a
em fonte do nada.
(Raphael Negreiros)
"INTROSPECÇÃO"
Caio e me desafino
a cada passo que sigo reto.
Sou torto
e torto quero
todo o meu caminho.
(Raphael Negreiros)
(Raphael Negreiros)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
"NECROMANCIA"
Sob as sombras de pensamentos
foleio a vida página a página,
neste livro das memórias
que se esvai pouco a pouco...
(Raphael Negreiros)
foleio a vida página a página,
neste livro das memórias
que se esvai pouco a pouco...
(Raphael Negreiros)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
"A VIDA"
"IN SANIDADE"
Lunático... vivo entre as nuvens, mas longe do céu...
quase posso tocá-lo, mas escorrega-me pelos dedos...
É dia de chuva!
(Raphael Negreiros)
quase posso tocá-lo, mas escorrega-me pelos dedos...
É dia de chuva!
(Raphael Negreiros)
"A PROCURA"
Todo dia me descubro
e me desafio.
Com o mesmo esmo seco
me recubro fio a fio.
(Raphael Negreiros)
e me desafio.
Com o mesmo esmo seco
me recubro fio a fio.
(Raphael Negreiros)
"EU"
Ora sou isso.
Ora sou aquilo...
ora não sou nada,
apenas finjo.
E finjo que existo.
E na metástase de não-visto
desfaço-me!
(Raphael Negreiros)
Ora sou aquilo...
ora não sou nada,
apenas finjo.
E finjo que existo.
E na metástase de não-visto
desfaço-me!
(Raphael Negreiros)
"ENTARDECER"
Desagua em teu peito
um desejo torpe
de tardes vermelhas
que se perde passo a passo
Nuvens espaçadas no céu azul
tristes lágrimas
estrelas cadentes
ninguém as vê
E no mesmo esmo
perdido e vão
embora vão
não se vão embora
Espera e rompe
artérias, veias e velas
na poeira cinza
mais suja que o dia.
(Raphael Negreiros)
"SONHO"
Estranhas entranhas...
vermes,
versos em pensamentos desfoques,
paralisam o ser inabitável
que se espalha
e se esconde dentro do além
inalcançável,
inatingível.
Nada sobra além das migalhas do tempo.
(Raphael Negreiros)
"REFLEXO"
Crio uma fera
que não conheço:
a cada verso
reverso
todo
desejo
desejo
todo
reverso
a cada verso
que não conheço:
Crio uma fera
(Raphael Negreiros)
"SINA"
Sem muitos porquês
bebi o eco, soquei o vento,
me embriaguei com o meu veneno.
Nesse vazio
desisto do que desejo,
do que sobrou, escrevo.
(Raphael Negreiros)
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