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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Lispectoriando o amor"





Te amo...
Te amo e não entendo
e nem quero entendê-lo.
Entender é fácil.
O meu amor
é complicado...
é vasto
e limitado
ao não entendimento
dele mesmo.


Raphael Negreiros

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Embora nunca me pergunte 
se estou no caminho certo,
voltar é sempre tão difícil...
me perco e não sei se porque quero.



Raphael Negreiros

domingo, 18 de dezembro de 2011


As certezas me prendem. 
Sofro de claustrofobia e isso me desespera;
me amarro em volta de uma corda tênue de verdades voláteis...
Ao final, bebo um copo cheio de vazio... 
e  vou dormir esperando que em um sonho qualquer
possa começar uma nova vida
onde dentro de mim mesmo
pense em não pensar
sobre não ser o que não sou,
ou consiga recomeçar um mesmo sonho
que meu travesseiro não roubou.

Raphael Negreiros

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

"DOCE VENENO"





Parece fácil voltar como se nada tivesse acontecido
depois de sentir a tempestade
e se enrolar em lençóis vazios;
e derramar lágrimas debaixo do chuveiro;
e fingir que está tudo bem
deitando lentamente a cabeça
em um travesseiro de promessas fáceis
e tolas como a luz da manhã...

Raphael Negreiros

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"AO TEMPO..."

|Quero o que passa
e o que não dura tanto.
Quero tudo ao mesmo tempo,
aquilo que relógio guarda
ao se derramar um pranto
nas horas ímpias do momento.


(Raphael Negreiros)

"CORES E SOM"

Acordei com o sol
sustenido em si
me veio uma lembrança

longe
que me fez dormir.


(Raphael Negreiros)

"FOI-SE O TEMPO..."

Sentimentos só não são,
que versos, mais confusos.
Na vida rimo tudo facilmente;
nos versos nunca rimo nada
e porto todas as dores do mundo.


(Raphael Negreiros)

"PESADELO"


Algo se esconde
por debaixo dos meus sonhos
e nem sempre o acho.
Às vezes acho estranho
e me devaneio em prantos
outras vezes eu aceito
e me calo.


(Raphael Negreiros)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Cá dentro..."



cá dentro
deste peito cansado,
chegará o momento
em que saberei quem sou
ou o que sinto. 


Neste tempo guardado,
haverá mais perguntas, 
talvez as últimas
antes de saber um pouco
do que sobra do dia.

Raphael Negreiros

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"À procura de mim mesmo"

Procuro alguém
que possa me devorar
e que deguste meu corpo
verso a verso...


e que esconda a parte
que sempre cala
de mim, o que mais amo
e dela, o que mais detesto...


e que nos pensamentos vagos
deste universo
se afogue no mar
de incertezas válidas...


Raphael Negreiros

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"18:48"


Somos todos atores
nesse teatro do cotidiano.


Interpretamos vários papéis -
alguns inesquicíveis,
outros distintos pierrots.


Em um palco de torpes lembranças,
a consciência humana
é apenas mais uma fantasia a ser vivida.

Raphael Negreiros

terça-feira, 24 de maio de 2011

"A Volta"



De vez em quando,
ao cair da tarde,
algo nasce
silenciando o sol.
E me remete de volta
em um pulsar constante,
sem métrica, nem rima,
sem luz e sem vida,
roubando aos poucos
o que restou.

Raphael Negreiros

sábado, 29 de janeiro de 2011

Mercadinho da Vida



Comprei meus sonhos
no mercadinho da vida,
aluguei sete sinceros amigos,
troquei desejos
por dúzias de carinho.

Ao sair dali,
não levei nada,
apenas uma vida amarga
de sonhos vazios.

(Raphael Negreiros)

domingo, 9 de janeiro de 2011

"KARMA"




Será que há algo além 
do que meus sentidos sentem?!...



...Questões metamórficas
contrárias a razão,
nuvens de pensamentos
espaçados em um céu 
inconsciente de memórias 
desgastadas pelo tempo...


me reparto em dois:
aquele que pensa 
e aquele que aceita ser pensado.


(Raphael Negreiros)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"NOVO ANO?"



Alinhei as órbitas do meu ser.
Como sempre me embriaguei
de lucidez
e no âmago de irrealizações
tropecei em mim.

Desta vez,
olhei mais além,
mergulhei pra fora
e deixei o individuo que se esconde
e se afoga em si.

E no raiar do sol,
em mi menor,
entonei mais uma década
ainda sem nome
e sem corpo
que brotará
pouco a pouco
no resto da manhã.

(Raphael Negreiros)